Têre Finger

Flores da Cunha – RS

1961.

“Cada vez mais a arte toma conta de mim e da minha rotina. Me aproprio do meu corpo como extensão das minhas emoções. Até mesmo minhas roupas podem falar. Nenhuma se encontra sem tinta. Como se fossem o próprio trabalho.

Desde a infância quero pintar o mundo com o que acredito ser a melhor forma, espalhando amor. Hoje tenho bem claro isso, a arte é amor. Já não sei separar uma coisa da outra, tudo está aí.

Os trabalhos por vezes melancólicos, outros alegres, são frutos do meu modo de ser, que pode ser até herança de minha avó materna: às vezes melancólica, outras alegre.

Coloco nas telas meu lado expressivo e por vezes amoroso. Esse conjunto de afetos: amor e religiosidade sempre mexeram comigo e me fazem registrar como forma de revelar o humano que sou. Se o resultado se enquadra no formato da arte, não sei. Mas serão passíveis de serem lembradas como um ato de amor.

Porque o que se faz com amor nunca morre. Penso que o ato de amor regenera o homem.”

Acrílica sobre tela

146 x 105 cm

2018