Manoel Graciano
Santana do Cariri -CE/Juazeiro do Norte CE
1926 – 2014
Migrou com a família para Juazeiro do Norte, no mesmo estado, em 1929. Começou a trabalhar a madeira aos 10 anos, “aprendendo com a natureza” a fazer pilões, gamelas e brinquedos… Casado e com três filhos, passou a produzir presépios e ex-votos. Foi o xilógrafo e cordelista Abraão Batista quem o incentivou a passar da roça à escultura. Manoel Graciano compõe grupos com vários personagens que formam um verdadeiro conjunto escultórico. O artista tem um veio de humor que pode crescer até o mais flamejante expressionismo em muitos de seus trabalhos.
Manoel Graciano prepara suas tintas com anilina misturada a breu e álcool, antes de aplicá-las à imburana de cambão ou aroeira em que esculpe. Quando parte para composições talhadas em monobloco de madeira prefere as formas animais à figura, pintando-as com pinceladas diferenciadas, sempre com harmonia tonal apurada. Francisco Cardoso (1966) e o neto Francisco Edinaldo Dão continuidade ao seu trabalho.Participou da mostra Redescobrimento em 2000 na Fundação Bienal de São Paulo. Seu trabalho consta no acervo do Museu de Folclore Edilson Carneiro, Rio de Janeiro, e da Exposição de Arte Popular do Centro Cultural de São Francisco, João Pessoa, Paraíba. Sua trajetória está no “Pequeno Dicionário da Arte do Povo Brasileiro, Séc. XX”, de Lélia Coelho Frota.